Motivos do declínio de uma empresa – Parte 5

Quando ocorre o sucesso pelo serviço/produto, a vaidade, a confiança no inabalável sucesso levam a liderança a acreditar que o negócio está seguro. Geralmente pensam que esta segunraça é blindada de qualquer situação ruim ou decisões erradas que venham a ser tomadas pelos gestores. Essa enorme responsabilidade sobre os gestores, a respeito de todos os resultados, é um dos “porquê” de que empresas de sucesso entram em declínio.

Apesar de o título do livro falar sobre empresas gigantes, este estudo vale para empresas de qualquer tamanho.

Todo gestor deve ficar atento aos sinais que aparecem.

Estágios anteriores

Em resumo, começando pelo estágio 1, as empresas começam suas atividades e levam muito tempo até desenvolverem processos e produto de alta performance e de excelente qualidade.

Então, começa a corrida por mais! Mais produção, mais crescimento, mais sucesso! Levando ao crescimento desordenado. Esse é o estágio 2.  Tudo que foi criado, experimentado e justificado no início perde-se de vista, gerando sinais de falta controle, qualidade, demanda e pessoal.

Apesar de os reflexos externos não terem sido atingidos e continuarem evidenciando aplausos, internamente está se erguendo um precipício. Este é o início do estágio 3.

Os números internos são negligenciados, o sentimento de equipe está se perdendo, o diálogo produtivo não é mais prioridade e os riscos se tornam cada vez mais perigosos para o futuro do negócio.

A experiência acumulada é negligenciada. Agora vale mais quantidade e não mais a qualidade. Está se perdendo a essência, o DNA que gerou o sucesso do negócio, gerando uma busca desesperada pela salvação, esse é o estágio 4.

Nesse estágio 5, todos os erros cometidos anteriormente, desde o estágio 1, começam a pesar na organização, falta de caixa, pessoas engajadas, liderança comprometida e competente.

Inicia-se uma corrida louca em busca de soluções drásticas de salvação!

Novos programas ou estratégia, nova liderança necessariamente carismática, para levantar o ânimo e a confiança; anuncia-se com alarde as mudanças como “revolucionárias” e radicais, escondendo a realidade presente com promessas infundadas.

As pessoas perdem a paixão pelo propósito e os valores da organização, elas veem a visão e os valores meramente como artifícios de relações públicas e retóricas vazias.

ESTÁGIO 5: A Entrega à Irrelevância ou à Morte – O declínio de empresas de sucesso

Quanto mais tempo uma empresa permanecer no estágio 4, tentando repetidamente encontrar soluções geniais, mais chances tem de cair.

No estágio 5, as derrotas acumuladas e os tropeços dispendiosos desgastam a força financeira e o moral das pessoas até o ponto em que os líderes perdem toda a esperança de construir um futuro.

Em alguns casos, os líderes se limitam a vender ações, em outros, a instituição se atrofia até se tornar insignificantes; e, nos casos mais extremos, o empreendimento morre.

Indicativos da entrega à irrelevância ou a morte

-A empresa pode ser lucrativa e mesmo assim, estar falindo. Os líderes geralmente se preocupam mais com os lucros, mas se esquecem de que as empresas não morrem devido aos lucros e sim por falta de caixa.

No final, sobre empresas de sucesso que entram em declínio, o autor faz o seguinte questionamento:

Como a liderança reage a isso? Eles tentam recorrer a uma rápida salvação ou retomam a disciplina que produziu o sucesso da empresa no passado?

A grande diretriz do autor neste livro é que mesmo que empresas de sucesso cheguem ao declínio do estágio 4 do declínio, elas podem sobreviver e sobressair novamente se houver por parte da liderança um firme e claro propósito inspirado e fundamentado em valores essenciais, a decisão mais nobre é continuar lutando para reverter o “quadro” e tentar recuperar a excelência.

E esse tipo de organização se constrói com uma liderança que tenha a disposição e coragem de tomar as medidas necessárias, mesmo que dolorosas, em prol dessa causa.

Uma organização com esse propósito faz a diferença no mundo (local) de tal forma que se deixasse de existir provocaria uma lacuna dificilmente preenchida por outra.

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